segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Fazendeiro fecha braço do Rio Formoso e é denunciado


Segunda, 22 de Outubro de 2007 - 14:00 hs

Fazendeiro fecha braço do Rio Formoso e é denunciado
Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007 12:13
Paulo Fernandes

Funcionários da Fazenda América (Agropecuária Rio Formoso Ltda), do médico veterinário Luiz Lemos de Souza Brito, foram flagrados obstruindo o fluxo de um braço do Rio Formoso, em Bonito, provocando o secamento de trecho do rio e a morte de peixes e plantas aquáticas. O crime fez o MPE (Ministério Público Estadual) ingressar com uma ação cautelar, que foi aceita pela Justiça, determinando o desboqueio. A obstrução também provocou o secamento da cachoeira que passa pela Fazenda São Geraldo, em que é feito passeio turístico. Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do País e o Formoso seu principal rio.

Um gestor ambiental da fazenda vizinha notou que o braço do Rio Formoso secou e foi verificar o motivo, quando flagrou que um funcionário da Fazenda América estava construindo um aterro com cascalho, impedindo a passagem de água para o braço do Rio Formoso. Com o bloqueio, a vazão no rio aumentou no local onde a Fazenda América tem uma turbina.

A desobstrução do braço do rio deve ser feita ainda hoje, sob o acompanhamento do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). O maquinário que será utilizado foi pago por fazendeiros da região, segundo apurou a reportagem do Campo Grande News.

Luiz Lemos de Souza Brito já foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) pelo crime ambiental em R$ 150 mil. O fazendeiro é irmão do presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Leôncio de Souza Brito Filho.

Na ação cautelar, o Ministério Público pediu que em 30 dias a fazenda apresente um projeto de recuperação de área degradada, visando recuperar os danos antes mencionados, e que deverá ser apresentado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e executado no prazo que aquele órgão determinar, sob pena de multa diária de R$ 5.000.

O MPE também pede que a fazenda cerque, no prazo de 30 dias, todas as áreas de preservação permanente e de reserva legal da propriedade, com cerca de arame que impeça a presença de animais médios e grandes, sob pena de multa diária de R$ 5.000 e multa por animal encontrado nestas áreas em R$ 100 por cabeça.

Outro lado - Procurado pelo Campo Grande News, Luiz Lemos de Souza Brito preferiu o silêncio. Ele disse que está viajando e que só conversará com a reportagem quando voltar a Campo Grande, onde reside.

Fonte: campograndenews.com.br

http://www.anastacionoticias.com.br/index.php?pagina=noticias-ver&codigo_noticia=6035

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